Em tempos de “Abaixo a Corrupção!” e dedos em riste apontando para os corruptos, a população esquece de se preocupar com as pequenas corrupções praticadas em nosso dia-a-dia que são consideradas “normais”.
Esta foi a razão da Controladoria-Geral da União (CGU), criar a Campanha “Pequenas Corrupções – Diga Não” que objetiva conscientizar os cidadãos para a necessidade de combater atitudes antiéticas – ou até mesmo ilegais -, que costumam ser culturalmente aceitas e ter a gravidade ignorada ou minimizada.
A lista é grande:
1 – Fazer gato , isto é, roubar eletricidade e Net;
2 – Comprar CDs e programas de computador piratas;
3- Não fornecer nota fiscal (um grande parte de escolas particulares não fornecem nota fiscal para os seus pais;
4- Furar a fila;
5- Falsificar carteira estudantil, dentre outras.
Leiam a matéria de Flávio Verão que saiu no O Progresso de Dourados/MS.
Estudantes foram à praça falar sobre as pequenas corrupções do dia a dia; o Brasil é o 69º colocado em ranking sobre a percepção de corrupção no mundo, que analisa 175 países e territórios. (Foto: Flavio Verão)
Estudantes fazem campanha de alerta às pequenas corrupções
Combater a corrupção e colocar os corruptos atrás das grades é debatido diariamente em rodas de conversa. Nos jornais, falcatruas são mostradas quase que todos os dias e a sensação de impunidade revolta muita gente que dá total crédito de corrupção apenas aos políticos. As pessoas esquecem que ações no dia a dia, como furar fila, estacionar em vagas de deficientes e idosos, sonegar impostos e se apossar daquilo que não lhe pertence, também são atos de corrupção e devem ser combatidos.
Para chamar a atenção da população sobre o assunto, grupo de estudantes da escola Ceart, acompanhado de professores, foi ontem à praça Antônio João debater sobre os erros cometidos pelas pessoas no cotidiano. Criada pela Controladoria-Geral da União (CGU), a Campanha “Pequenas Corrupções – Diga Não” tem como objetivo principal conscientizar os cidadãos para a necessidade de combater atitudes antiéticas – ou até mesmo ilegais -, que costumam ser culturalmente aceitas e ter a gravidade ignorada ou minimizada.
A estudante Ana Clara Gomes Guimarães, 14 anos, passou a conhecer sobre o assunto durante os trabalhos desenvolvidos na escola em que professores realizaram palestras e depois pediram para os alunos realizarem pesquisa. Ontem, na praça, ela se surpreendeu com as diferentes opiniões durante abordagem. “Pude observar que algumas pessoas encaram atitudes como furar fila, entre outras, como algo normal”, disse a estudante, que explicava na companhia de colegas as diferenças entre grandes e pequenas corrupções.
Mas engana-se quem acredita que as pequenas corrupções estão apenas fora de casa. Para ser ter uma ideia, do total de 19,5 milhões de domicílios com TV por assinatura no País, 4,2 milhões – o equivalente a 18,4% – têm ligações clandestinas, a famosa “gatonet”. Os dados são da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA). Esse tipo de serviço é comum ser oferecido em redes sociais em que profissionais oferecem montagem de equipamento e manutenção.
A professora Viviane Andresa Bonfim Melo, coordenadora pedagógica da Ceart, acompanhou os alunos na praça e diz que a ideia é conscientizar os alunos e, ao mesmo tempo, que eles sejam multiplicadores de combate às corrupções do dia a dia. “Ouvimos muito falar da corrupção de políticos e de grandes empresas. Mas nós também temos que fazer nossa parte, no cotidiano”, lembra a professora. Cerca de 400 alunos da escola estão envolvidos no projeto e participam da campanha do CGU.
Praga cultural
O jeitinho brasileiro é apontado como uma problemática cultural no País. O Brasil é o 69º colocado em ranking sobre a percepção de corrupção no mundo, que analisa 175 países e territórios. O estudo divulgado pela organização Transparência Internacional mostra que a Dinamarca lidera como país em que a população tem menor percepção de corrupção.
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