Existe um modo promissor de ensinar escrita e leitura para alunos com dislexia?
Sim, existe.
A criança ou adolescente disléxico precisa de uma metodologia de ensino rotineira, que segue um ritmo espiralado de escrita, feedback e reescrita, com propostas de níveis de desafios crescentes e constantes e com o total apoio do professor para que se possa superar as suas dificuldades.
O melhor método para isso é se apoiar em três pilares para o ensino da língua portuguesa: 1) prática de produção de texto; 2) leitura e 3) análise linguística.
São três momentos de sala de aula que devem ocorrer em separado e ao mesmo tempo, visando dar significado a cada um dos pilares e evidenciando a conexão que possuem um com os outros.
Para o (a) aluno (a) das séries iniciais do Ensino Fundamental com dislexia, fundamentalmente, é preciso focar na prática de leitura e de produção textos narrativos curtos, com apenas o narrador e dois personagens,formado por palavras chaves compotas por sílabas simples e seguindo um ritmo crescente de complexidade conforme o ano letivo avança.
Primeiro junto e depois separado.
Significa que primeiro o (a) aluno (a) precisa de um modelo apresentado pelo professor e somente após ter dominado este modelo poderá ser deixado sozinho.
O professo (seja ele o da classe e/ou monitor e/ou o particular ou mesmo os pais) tem papel fundamental na intervenção junto ao (a) aluno (a) e deve ter claro quais são os objetivos a serem atingidos para cada atividade, para cada bimestre e para o ano.
O (a) aluno (a) com dislexia tem total capacidade de aprender, mas aprende de um modo diferente e precisa de um ritmo mais lento do que aquele normalmente utilizado e, ao longo dos anos, dominará a escrita e a leitura como qualquer outros alunos.