Realmente o princípio, a habilidade, o conceito ou a prática da sustentabilidade é o mote do século XXI, sobretudo, diante de uma crise climática . De gente séria a picaretas, de nome de partido político ao banal marketing, todos falam de sustentabilidade.
Sustentar o que mesmo? Dizendo a grosso modo, o consumo. Não podemos satisfazer as nossas necessidades de consumo, esgotando os recursos para as futuras gerações , uma vez que já estamos colhendo escolhas desastrosas que fizemos no século passado.
E de qual consumo se fala? De todo e qualquer um: água, comida, produtos, energia, etc.
Eis que consumir seja lá o que for é uma ação cultural e política. No Brasil, terra aquática, consumimos muita água no banho, ao lavar a louça ou a calçada. Temos abundância de água e a desperdiçamos sem dó nem piedade. Gostamos de desperdiçar, deixamos resto de comida em nosso prato de refeição, não comemos arroz requentado,enfim, abusamos dos recursos naturais.
Uma vez que a escola é local de ensinar e de aprender, uma escola que pratica a sustentabilidade estará, ao mesmo tempo, ensinando seus alunos a levarem para as suas casas práticas ecologicamente corretas.
De modo que a escola é um lugar privilegiado para educar a população a levar uma vida ecologicamente respeitável , a fim de contribuir com mudanças mais profundas que serão necessárias para que a crise ambiental que nos atinge no momento atual seja afastada.
Segue, portanto, 5 dicas para as escolas praticar em seu dia-a-dia a sustentabilidade:
1) Água: banheiros escolares é uma perda de água sem precedentes. Vale investir em torneiras automáticas com sensores e descargas econômicas. Adotar sistema de coleta de água da chuva para lavagem dos pátios e calçadas;
2) Energia: se puder, a escola deve assumir energia solar. Outra alternativa são lâmpadas LED e acionadas com sensor de presença. A preocupação em construir uma escola ou mesmo reformá-la visando a etiquetagem de eficiência energética em edificações também é uma ação sustentável;
3) Produtos: evitar o uso de copo de plástico descartável, bem como o isopor, tão utilizado em trabalhos escolares. A prática, o incentivo e o ensino da redução, da reutilização e da reciclagem de produtos devem começar com lista de material.
4) Comida: a criança na hora do recreio pede uma lata de refrigerante e um salgado, mas ao mesmo tempo quer brincar com os colegas. Resultado: metade do salgado e metade do refrigerante sobram e são jogados no lixo. Um hambúrguer e duas dentadas e lá se vai o resto para a lixeira. É preciso orientar o horário do recreio de forma que a criança possa brincar, mas após ter se alimentado de forma correta.
5) Lixo: o lixo é vivo. É vivo porque dele é possível extrair grandes riquezas na forma de reciclagem. E a escola pode e deve separar o seu lixo seco em recipientes próprios. Além disso, pode também, separar o lixo orgânico (casas de frutas, restos de verduras e legumes , guardanapo , palitos , etc.) produzidos na cantina ou restaurante e depositá-lo em uma Lixeira Orgânica, recipiente com minhocas que ao comer o lixo orgânico o transformam em húmus para adubar a área verde da escola.
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Sou a Profa.Sônia Aranha, bacharela de Direito, pedagoga, consultora educacional, atuando com direito do aluno.
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