A fogueira, as luzes e os fogos de artifício impressionavam e despertavam a simpatia dos nossos nativos, ajudando na aproximação entre índios e religiosos. Frei Vicente do Salvador, em sua História do Brasil (1627), conta que os índios “só acodem com muita vontade nas festas em que há alguma cerimônia, porque são mui amigos de novidades, como no dia de São João Batista, por causa das fogueiras e capelas”. Amigos de novidades e velhos amigos do fogo, como atestou o francês Jean de Léry, que conheceu os tupinambás no século XVI e acompanhou uma festa na aldeia em que usavam “uma vara de madeira (…) em cuja extremidade ardia um chumaço de petum [tabaco] e voltavam-na acesa para todos os lados soprando a fumaça contra os selvagens [nesse caso, os caraíbas]”.
Imagem: Museu de Arte Naif
Mas foi nas áreas urbanas que a festa de São João se tornou um acontecimento de sucesso, ligando os dois principais eixos da vida social: as ruas e as igrejas. Nos dias santificados, as cidades se iluminavam enquanto o chão das ruas era decorado e as janelas, enfeitadas com tecidos e potes de flores. As igrejas reuniam o público em encontros esporádicos para os quais todos acorriam, desejosos de ver e serem vistos, mas também para conversar, assistir às representações teatrais de cantos e danças.
Algumas curiosidades:
Fogos : a tradição popular diz que o barulho dos fogos de artifício serve para acordar São Jõao, como nos versos da cantiga folclórica: “São João está dormindo/não acorda não/acordai, acordai, acordai João.
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